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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

"Se um dia ler isso, saiba de algumas coisas: Eu não desisti de você, afinal do que adiantaria insistir em algo que já estava na cara que não daria certo? E eu de tão tolo não via isso? Saiba também que eu não fui embora sem motivos. Sim, eu tinha e tenho motivos até hoje! Sempre mantive a porta aberta se você quisesse voltar, e você? De você eu esperei demais. Não deixei você, você foi quem se deixou. Suas atitudes desencadearam a situação em que você se encontra atualmente. Está triste, ou chorando? Eu lamento, mas eu avisei. Bem feito, é o que eu quero dizer, está recebendo o que merece. Se acha que eu fui a pessoa caidinha da relação que se doía por tudo, então você estava certo, mas, na verdade, atualmente, você estava correto. No passado mesmo, porque tive que mudar. Tive que aprender a ser suficiente para mim mesmo, pois se eu não for, quem iria ser, não é mesmo? Você me ensinou isso. Me ensinou que amar não é só de uma pessoa, que não podemos exigir tudo de um só lado, que ambas as partes devem se completar. E, quando não se completam, e elas começam na divisão, uma parte deve ser a solução, e voltar para somar. Sempre fomos o problema que todos viam sem solução, mas com o tempo eu vi que a solução era acabar, encerrar, terminar tudo de uma vez, sem volta. Não vale a pena ficar olhando pro passado, até porque a vida continua, e isso é mais uma das coisas boas que você me fez aprender. Agora, bola para frente que no final é cada um por si, e isso eu aprendi com você também."
“Você é aquele tipo de pessoa inconfiável, seus movimentos são joguinhos manipuladores, seus discursos nem se fala. Já faz tempo que parei de guiar minha vida com suas frases de para-choque de caminhão. Fui embora. Agora de uma vez. Sem volta e sem conversa. Não estou dizendo isso porque no fundo te quero ralando joelho pelas ruas atrás de mim. Não dessa vez. Não vem com bombons, não vem com desculpas, não vem com canções. Não vem. Dá uma olhada em tudo que você fez e me diz. Viu? A novidade é que o dia que eu sempre prometi que viria, e que você nunca esperou chegar de verdade, veio. Eu cansei. Não sou mais eu. Contou os anos? Quanto tempo esperei por você? Você crescer, você mudar, você mostrar algum remorso. Você tem de querer. Embora eu queira muito, mesmo eu querendo em dobro, não há como querer por você. Só quem enfrenta longas esperas sabe como é o inferno por dentro. Eu sempre falei, um dia alguém tinha de te dizer não. Eu queria que não fosse eu, porque aí eu poderia ficar numa boa e assistir você sofrer, nem que seja calado num canto, mas sofrendo, mostrando algum arrependimento ou qualquer traço humano. Quem sabe eu até enfiaria os dedos ainda com anéis no meio dos seus cabelos e diria que tudo ficaria bem. Agora é tarde, meu anel já se foi, nem os dedos ficaram. Ficar seria tolerar suas mancadas. Você precisa perder pra entender onde errou, que isso que você faz é um erro, um dos feios. Que evitar e não tocar mais no assunto não é perdão ou esquecimento. É sufocar. E eu estava sufocando… Partes de mim querem ir embora, partes de mim querem ficar. Ainda não terminei de gostar de você. Mas consegui. Agora fui. Porque comecei isso querendo ser sua companheira, passei a cúmplice das suas maldades, e ficar dessa vez vai me fazer sua comparsa. Não é um “até amanhã” nem “até breve” e nem “até mais”. É um “até você mudar” ou “até você não ser mais quem você é”. Até nunca, então.”