Eu te sinto aqui. Não queria, não deveria, não poderia, mas sinto. Intensamente, a ponto de criar uma vida totalmente nova e diferente com você. O que é estranho, porque eu sei que essa vida não se aplicaria a você. Você mudaria se eu pedisse? Se eu tentasse te mudar? Não que eu queira que você seja diferente, mas talvez isso fosse melhor pra você. Não é exatamente você que eu quero mudar, é quem você se tornou. Não vale a pena ser assim, amor. E eu correria, todos os riscos, e todas as cidades se você precisasse, se você quisesse, se você pedisse, eu iria. Correria até te encontrar. Te abraçaria pra sempre se você deixasse ou se isso fosse até possível.
E sempre que eu preciso, se eu precisasse e você soubesse disso, você iria também? Você se importaria? Mas como eu não te conto, mesmo porque isso seria meio estranho, eu imagino, imagino tanto e tanto. E então eu sorrio, porque de verdade, eu acredito que tudo isso pode um dia ser real. Você por mim e eu por você.
Talvez você seja a salvação que eu preciso, e eu seja a sua. Mas provavelmente eu esteja me iludindo em pensar assim, e ter tanta certeza de que tudo o que eu invento é real. É real para os outros, é real dentro de mim, e talvez você ache que é real também dentro de você. Talvez você queira tanto quanto eu tornar isso real. Mas talvez não. Não te culpo, eu também não acredito nisso. É novo, e estranho demais pra ser real. Mas talvez seja, dentro da gente, e talvez um dia vire real na realidade.
Isso pode parecer, ser, até na realidade, meio confuso, mas foi ontem. Ontem uma musica me lembrou você. E eu sorri, e quis ouvir de novo, e eu mudei de musica. Prometi pra mim mesma que dentro de mim, isso não vai mais ser real. Até realmente ser.
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